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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Seja bem sucedido na obra do Senhor

Texto: I Co 15:58
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
Este versículo contém uma promessa: “sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. Que privilégio poder trabalhar para o Senhor em Sua Obra! Ser um ceifeiro na Sua seara, ainda mais sabendo que a “seara é grande e poucos são os ceifeiros” (Mt 9:37).
Como toda em promessa, há condições. Ou seja, se as condições não forem satisfeitas, o resultado esperado não se obterá. Há muitos que reinvidicam as bênçãos sem se prestarem a cumprir as condições. Terminam frustrados. Vejamos as condições para que se tenha a bênção de ser bem sucedido na obra do Senhor:
1a condição: SANTIDADE!
A santidade é conseqüência da graça de Deus em nós. É obra do Espírito Santo e, para tanto, basta que queiramos e deixemos Ele nos santificar. Nossa vontade é a porta através da qual o Espírito age para nos santificar: Efésios 4:30 afirma: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” E no capítulo seguinte, o apóstolo recomenda: “enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18).
Quando falta a santidade todo esforço se torna vão! É isto que aprendemos em Isaías 1: (11) “de que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios?”
(12) “quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios?”
(13) “não continueis a trazer ofertas vãs...”
(15) “quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós o meu rosto...”
(16) (o apelo pela santidade) “lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal”.
A história de Josué bem realça esta condição:
Js 3:5 “Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”
Js 6:18 (qdo Jericó é tomada) “guardai-vos do anátema, para que, depois de o terdes feito tal, não tomeis dele coisa alguma, e não façais anátema o arraial de Israel, e o perturbeis”.
Js 7:21 (Acã trouxe pecado para Israel e derrota frente à cidade de Ai) “uma capa babilônica, duzentos siclos de prata (3kg) e uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos (750g)”.
2a. condição: PERSEVERANÇA!
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes...”
Este versículo completa toda uma argumentação exposta ao longo do capítulo 15 da Epístola. Podemos dizer que o versículo 58 é a conclusão: “à luz disto tudo...”. E qual é o assunto enfocado pelo apóstolo? A ressurreição de Jesus Cristo, sua vitória sobre a morte e os efeitos dela em nossas vidas.
Nos versos 17 e 19, Paulo afirma: “E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. (...) Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.”.
Cristo ressuscitou! Isto é testificado pelas inúmeras testemunhas referidas pelo apóstolo na parte inicial do capítulo. Assim, não esperamos em Cristo somente nesta vida. Nosso futuro, em Cristo, é glorioso, como bem o apóstolo explica nos versos 51 e 52 e de 55 a 57.
É à luz disto que o apóstolo Paulo recomenda a perseverança: “sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor”. Depois da santidade, a perseverança é outra condição fundamental para sermos bem sucedidos na obra do Senhor. Vale realçar que ser bem sucedido é produzir frutos abundantes, permanentes, que não se perdem por serem gloriosos para Deus.
No capítulo 15 do Evangelho de João o verbo permanecer é conjugado algumas vezes por Jesus. Ele é a Videira Verdadeira, o Pai é o agricultor e nós, os ramos. O ideal é que, nEle, produzamos frutos (“fruto” é mencionado 6 vezes nos versos de 1 a 8). Nos versos de 1 a 11 o verbo permanecer é conjugado onze vezes! Permanecer ou perseverar nEle é condição fundamental para que os frutos ocorram.
Em Jo 15:6, Jesus declara que quem não persevera nEle é como um ramo seco da videira, que nenhum fruto consegue produzir. É preciso perseverança para que o trabalho não seja vão!
A perseverança é a qualidade de quem é firme e constante, determinado, de quem sabe o que quer. No capítulo 16 de I Coríntios encontramos um indicativo do porque desta qualidade ser tão necessária. No verso 9 o apóstolo conta: “porque uma porta grande e eficaz se me abriu, e há muitos adversários”. Este é o cotidiano dos servos de Deus, entrar por portas desafiadoras, enfrentando dificuldades tremendas – principalmente a oposição do reino das trevas.
Sem perseverança não há como alcançar as vitórias que Deus tem para nós. Daí o apóstolo incluir nas recomendações finais da Epístola aos Coríntios: (16:13) “Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes”.
3a. condição: AMOR.
Tão crucial quanto a santidade e a perseverança é o amor para que você seja bem sucedido na obra do Senhor. Tão fundamental que o apóstolo Paulo recomendou: “Todas as vossas obras sejam feitas em amor” (16:14). E o que dizer, então, do capítulo 13? Há alguma chance de se obter frutos abundantes em algum ministério sem este ingrediente?
Se faltar amor, todo o trabalho é desperdiçado: pode-se falar todas as línguas, dos anjos e dos homens, pode-se exercer o dom da profecia, possuir o conhecimento de todos os mistérios e da ciência, ter uma fé possível de transportar montes, distribuir todos os bens para o sustento dos pobres, ou mesmo ser martirizado numa fogueira... “se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (v. 3).
Há quatro textos principais no Novo Testamento que nos ensinam acerca dos dons espirituais. O primeiro é Romanos 12:4-8, onde temos uma relação de dons do Espírito. O segundo é I Coríntios 12, onde há um extenso ensino acerca dos dons. O terceiro é Efésios 4:1-16, onde temos outra lista de dons e o quarto, I Pedro 4:8-11, onde o apóstolo reforça o ensino de que cada crente deve exercer o dom que recebeu. Em cada um destes textos bíblicos encontramos a necessidade de ter o amor.
Em Romanos 12:9 e 10: “O amor seja não fingido... Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal...”. Em I Coríntios, após o capítulo 12, sobre o uso dos dons, vem o capítulo 13, acerca do amor, o dom mais excelente. Em Efésios 4, no mesmo contexto do ensino dos dons, o apóstolo escreveu: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (v. 15). Pedro, em I Pe 4, referindo-se ao trabalho que devemos prestar aos irmãos, escreveu: “tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados” (v. 8).
CONCLUSÃO:
Eis as três condições para que os frutos abundantes ocorram no ministério que você desempenha na Obra do Senhor. Sem estas, todo o trabalho que você insistir em fazer será vão. A santidade, a perseverança e o amor são imprescindíveis. Talvez agora você entenda o porque da frustração e do insucesso no trabalho que você ou sua Igreja faz.
Se no seu caso os frutos não têm aparecido, saiba que é tempo de mudar. Deixe o Espírito Santo santificar sua vida, consagre-se e permaneça fiel naquilo que Deus pedir ou colocar em suas mãos para fazer. E, por fim, peça ao Espírito Santo uma unção de amor em favor daqueles a quem você ministra. Assim, certamente, os resultados serão maravilhosos.
Paulo Rogério Petrizi

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